Método próprio BGestão Responsável
Quero apresentar para vocês nossa metodologia própria e autoral de gestão em Governança Corporativa: o Ciclo Virtuoso da Governança Corporativa (CVGC). Trata-se da esfera contínua de criação de valor empresarial que possibilita a perpetuidade do legado que os negócios vão deixar para as sociedades nas quais operam, e a visualização do efeito do foco no longo prazo, pautando negócios pela ética empresarial.
O CVGC é composto por 5 passos, etapas ou fases, organizados de forma a se misturarem em alguns momentos e que podem ocorrer ao mesmo tempo também. São eles: (i) as Ações de Governança de Corporativa; (ii) a redução de Riscos do negócio; (iii) o Aumento do Valor Corporativo; (iv) as Ações Responsabilidade Corporativa; e (v) o aumento da Reputação Corporativa.
O investimento dos empresári@s, gestores e profissionais em ações de governança corporativa, iniciando-se a primeira fase do CVGC, pode ocorrer de diversas formas, variando desde boas práticas de gestão, controladoria financeira, compliance, atendimento ä legislação local e nacional, integridade operacional, até a organização e dinâmica do processo decisório realizado pelos conselhos de administração. Trata-se de um leque bastante amplo que precisa de profissionais capacitados e com os interesses próprios alinhados com os interesses dos acionistas, proprietários e fundadores das empresas. Cenário que ganha um desafio extra tanto nas empresas familiares como nas empresas de capital aberto.
Na sequência, após investimentos em ações de governança corporativa, passamos para o segundo passo do Ciclo Virtuoso da Governança Corporativa: a redução dos Riscos do negócio. Parte ocorre como consequência do investimento em ações de governança, pelas práticas de organização do negócio. A outra parte vem da atividade empresarial de administração de riscos, a gestão da parcela de risco diversificável do seu montante total¹. Esta parcela de atividades de redução de riscos requer a criação de cenários e estimativas de negócios que, pela união de pessoas com valores, culturas e experiências diferentes, em conjunto, conseguem projetar modelos de negócios sólidos e baseados em informações pensadas, discutidas e validadas não por “achismo”. Aqui, a aplicação da equidade e da diversidade pesam na criação de valor empresarial apresentando-se de fato como diferencial estratégico.
Para que a próxima etapa possa acontecer, é necessário que as etapas anteriores tenham sido realizadas pelas empresas e empresári@s. Na terceira etapa iremos visualizar o Aumento do Valor corporativo, ora como consequência das fases anteriores, ora ações pontuais e diretamente direcionadas para criação de valor. Nesta fase visualizamos com ênfase atividades de ESG (Environmental, Social, Governance) ou Tripé da Sustentabilidade)². A maturidade dos negócios fica mais evidente quando decisões são tomadas não mais com foco no curto prazo, para fechar metas, pagar contas e sobreviver no trimestre, mas sim com foco no longo prazo, cenário no qual a ponderação do resultado empresarial em 5, 10, 15 anos ou mais, é visualizado com mais peso e impacto do que a visão curtoprazista. Além disso, o investimento em tecnologia, sistemas operacionais, automações, gestão de dados do negócio (business intelligence) consolidam o Valor criado e permitem novas soluções, expansões, e novos negócios cada vez mais adequados às necessidades e realidade das diferentes nações. Ações de criação de valor na veia consideram o legado que o negócio vai deixar nas sociedades impactadas por ele.
Para que se inicie, então, o 4º passo, as atividades de Responsabilidade Corporativa, o CVGC já deve ter andado bastante nas corporações. Neste passo, visualiza-se a mudança da visão de Governança Corporativa como atividade de uma área exclusiva da empresa para o amadurecimento na figura da Gestão Responsável: a evolução da governança. As empresas realizarão atividades de responsabilidade corporativa em todas as áreas, departamentos, filiais, setores e quaisquer outras subdivisões. O foco será o local (físico) e as sociedades relacionadas e impactadas pelo negócio. A visão da gestão de stakeholders (ou partes relacionadas), internas ou externas é de extrema importância nesta etapa do Ciclo Virtuoso da Governança Corporativa. Vale ressaltar que ações governamentais e legislações adequadas podem fazer diferença para que ações de responsabilidade corporativa ocorram em plenitude.
A quinta etapa, fase ou passo agora faz-se possível e é consistente: todo o andamento do CVGC nas 4 etapas anteriores torna evidente a construção do Capital Reputacional. Falar em conclusão neste momento não é o ideal, pois capital reputacional, assim como reputação corporativa, são temáticas em constante evolução e construção. A gestão reputacional não pode ser realizada como ação de curto prazo, única e isolada. É consequência de uma história, narrativa que se bem ensaiada e apresentada, é um bom pitch de negócios. A história empresarial, o sonhos dos empresári@s que os guiou por anos de muitos esforços, passando por fases críticas até que o negócio, evoluindo pelo CVGC, chegará até o futuro e veremos com orgulho, como sociedade, o que aquele sonho trouxe de Criação de Valor para todos. Por isso, o Ciclo Virtuoso da Governança Corporativa se reinicia e é vivo, não há fim. As mudanças nas sociedades, no contexto empresarial e nos sonhos mantêm a esfera - o ciclo - rodando. Sem pontas, sem lados, sendo possível ser visto de qualquer ângulo: este é o Ciclo Virtuoso da Governança Corporativa.
Faço um convite para vocês - empresári@s sonhadores: vamos junt@s?
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Autor: Barbara Grings
¹ Consideramos aqui que Risco Total = risco não diversificável (de mercado) + risco diversificável (da empresa).
²Sobre ESG & Capital Reputacional, saiba mais em: https://www.bgresp.com.br/post/esg-capital-reputacional
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